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Não poderia prever
que a fraqueza do Sr. Ferguson,
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o seu medo de alturas,
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o tornaria incapaz
quando era mais necessário.
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Quanto ao Sr. Ferguson,
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ouviram o seu antigo chefe,
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o Detective Capitão Hansen,
dessa grande cidade do norte,
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testemunhar acerca do seu carácter
e competência.
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O Capitão Hansen
foi bastante entusiástico.
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O facto de já uma vez,
em circunstâncias semelhantes,
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o Sr. Ferguson ter permitido que um colega
caísse para a morte...
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foi considerado pelo Capitão Hansen
como um "infeliz acidente".
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Claro que, o Sr. Ferguson,
deve ser felicitado...
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por já uma vez ter salvo
a vida daquela senhora,
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quando antes, num momento de aberração,
ela se atirou à Baía.
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É uma pena que,
sabendo das suas tendências suicidas,
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não se tenho esforçado mais
da segunda vez.
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Mas não estamos aqui para julgar
a falta de iniciativa do Sr. Ferguson.
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Ele não fez nada...
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e a lei pouco tem a dizer
sobre quem nada faz.
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Nem o seu estranho comportamento,
após ver a queda,
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tem alguma influência no veredicto.
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Ele não ficou no local da morte.
Foi-se embora.
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Alega ter sofrido um vazio mental
e não se lembra de mais nada...
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até se encontrar na sua casa
em São Francisco horas depois.
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Podem aceitar isso, ou não.
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Ou podem julgar que, tendo de novo
deixado morrer uma pessoa...
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não conseguiu encarar o trágico resultado
da sua própria fraqueza...
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e fugiu.
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Isso não tem nada a ver com o veredicto.
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É um assunto entre ele e a sua consciência.
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Pelas provas do estado mental
de Madeleine Elster antes da sua morte,
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pela forma como morreu
e pelos resultados da autópsia,
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que mostram a causa da sua morte,
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não devem ter dificuldades
em chegar a um veredicto.