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Gelo. Então esse gelo?
Os indígenas estão a ficar agitados.
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- E nós não bebemos?
- Claro.
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- Vou fazer 25 anos em Junho.
- Vais?
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É um quarto de século.
Faz-te pensar.
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- Sobre quê?
- O futuro.
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Sabes, um marido. Ainda bem
que vamos para a Flórida.
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- O que há na Flórida?
- Milionários. Em bandos.
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Vão todos para sul no Inverno,
como pássaros.
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- Vais apanhar um passarão rico?
- Não tem de ser muito rico.
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Desde que tenha um iate, uma carruagem
privada e pasta de dentes própria.
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- Estás no teu direito.
- Talvez encontres um também.
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Com dinheiro como o Rockefeller
e ombros à Johnny Weissmuller.
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- Quero que o meu use óculos.
- Óculos?
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Os homens que usam óculos são muito
mais delicados e meigos e indefesos.
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- Nunca reparaste?
- Agora que falas nisso...
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Têm os olhinhos fracos de ler.
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As colunas compridas, em letra
miudinha, das cotações da Bolsa.
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A do rabecão sabe como
é que se fazem festas.
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Maravilha!
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Dias felizes.
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Espero que desta vez fiques
com o melhor do chupa-chupa.
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E então o jóquei perneta diz...
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O quê?
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E diz o perneta: "Não te rales,
filha. Eu monto à amazona".
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Desculpem. Tenho soluços.
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Vamos esfregar-lhe gelo no pescoço.
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Acho... Ai, caíu.
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Está frio.
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- Não, por favor. Não façam isso.
- Tem cócegas.
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Socorro. Por favor. Socorro.
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Josephine.
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Parem com isso. Parem.
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TRAVÃO DE EMERGÊNCIA