:12:00
É uma intriga, Dryden.
:12:02
Não proponho que se deixe um
tenente presunçoso e obtuso...
:12:06
...levantar o dedo
ao Comandante e sair impune.
:12:09
Também não parece
que se perdesse grande coisa.
:12:13
Não vá por aí, Dryden.
Há um princípio envolvido.
:12:16
Pois há, de facto.
:12:18
Ele não tem qualquer utilidade
aqui no Cairo.
:12:20
Pode estar na Arábia.
Ele sabe do ofício, senhor.
:12:23
Conhece o que vem nos livros,
quer você dizer.
:12:25
Já enviei o Coronel Brighton,
que é um soldado.
:12:28
Se Brighton considerar que devemos
mandar reforços, fá-lo-emos.
:12:33
Que mais quer?
:12:35
Está fora de questão
que o Tenente Lawrence...
:12:38
...dê conselhos militares.
:12:40
Meu Deus, assim espero.
:12:42
Simplesmente o Governo Arábe
quer ter alguém no local...
:12:47
Para quê?
:12:48
Para proceder á nossa própria
análise da situação.
:12:50
Uma coisa garanto: é minha
convicção e do meu estado-maior...
:12:54
...que tempo gasto com beduínos
é tempo perdido.
:12:57
São uma nação de ladrões
de gado.
:13:00
Atacaram Medina.
:13:03
E os turcos desfizeram-nos.
:13:05
Não sabemos se assim foi.
:13:07
Sabemos que não a conquistaram.
Uma tempestade em copo de água.
:13:12
Na minha opinião, todo este teatro
de operações é fantochada.
:13:16
A verdadeira guerra é contra
os alemães, não contra os turcos.
:13:19
E não aqui, mas na frente ocidental,
nas trincheiras.
:13:22
O seu Exército Beduíno,
ou lá o que se intitulam eles...
:13:25
...seria a fantochada
da fantochada.
:13:27
As coisas grandes, começam
por coisas pequenas, senhor.
:13:31
E o Governo Árabe
quer uma coisa grande, na Arábia?
:13:34
O governo crê que ficará sob o
nosso domínio, terminada a guerra?
:13:39
O governo crê que o importante,
de momento, é vencer a guerra.
:13:44
Não me ensine o meu dever,
Mr. Dryden.
:13:47
-O Lawrence, senhor.
-Faça-o entrar.
:13:51
Bom dia, senhor.
:13:53
Continência!
:13:56
Se for insubordinado,
mandá-lo-ei prender.
:13:59
-São os meus modos.
-Os seus quê?