Lawrence of Arabia
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:08:01
...37 feridos...
:08:06
...e 156 mortos.
:08:11
Terá reparado na desproporção
entre os feridos e os mortos.

:08:15
Sim.
:08:17
É quatro vezes mais.
:08:18
Porque se não se pode trazer
um ferido, matamo-lo.

:08:23
Não deixamos feridos
entregues aos turcos.

:08:26
-Quer dizer que...
-Que nunca deixamos os feridos.

:08:30
Aos olhos deles, não somos
soldados, somos rebeldes.

:08:33
Rebeldes, feridos ou não, não estão
ao abrigo da Convenção de Genebra

:08:38
e são tratados com crueldade.
:08:40
Crueldade até que ponto?
:08:42
Com mais crueldade
do que espero possa imaginar.

:08:45
Compreendo.
:08:46
Os nossos prisioneiros
são tratados até os ingleses...

:08:50
...nos libertarem deles,
segundo a Convenção.

:08:54
-Gostaria que anotasse isso.
-Sim, Alteza.

:08:59
Isso deve-se á influência
do major Lawrence?

:09:01
Que o leva a pensar assim?
:09:03
Ouvi dizer, no Cairo, que...
:09:06
...o major Lawrence odeia
carnificinas.

:09:08
Exactamente.
:09:10
Para o major Lawrence,
a misericórdia é uma paixão.

:09:14
Para mim, é tão somente
uma questão de boas maneiras.

:09:17
Pode avaliar qual o motivo
que oferece mais garantias.

:09:21
-E agora, talvez...
-Certamente, certamente.

:09:28
Obrigado, senhor.
:09:30
Crê ser-lhe possível tratar
da carta...?

:09:32
Farei tudo o que disse...
:09:35
...se me disser com franqueza
qual o motivo do seu interesse...

:09:39
...no meu povo e no major Lawrence.
:09:43
É muito simples, Alteza.
Procuro um herói.

:09:46
Deveras?
Não parece um homem romântico.

:09:49
Oh não.
:09:50
Mas homens influentes, no meu país,
crêem que é altura da América...

:09:54
...evidenciar a sua importância
na luta contra a Alemanha.

:09:57
E contra a Turquia.
:09:59
Incumbiram-me de encontrar material
que demonstre que esta guerra...


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