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- Por que estás tão em baixo?
- Não estou, estou nas nuvens.
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Não corras para me salvar,
matas-me com tanta bondade.
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Devíamos estar a festejar
o facto de ter passado no exame.
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- E arrumar isto, para ficarmos juntos.
- Com cada caixa, sinto-me pior.
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- Porquê, querida?
- Não sei.
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Como se algo não encaixasse.
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Deixemo-nos de brincadeiras
e vamos casar.
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Depois de ser decretado o divórcio.
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Tenho muitos planos para nós.
Não será apenas uma prisão.
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Vou aprender estenografia.
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É isso que falta aos romances
logo desde o início.
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Quando abrires o teu escritório,
serei a tua secretária estenógrafa.
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Pouparás muito dinheiro comigo.
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Além disso, vou decorar o apartamento
e pô-lo bem bonito.
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Não se pode receber visitas. Aparece
logo o comité das baratas para ver.
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- Pensas receber muitas visitas?
- Por que não?
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Clientes. Sócios, se os arranjares.
Os Taubman.
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Talvez até criminosos.
Não os podes receber numa espelunca.
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Eu diria que não.
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Seria chocante, se um drogado
que tivesse assassinado a mãe
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chegasse e visse uma barata!
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Talvez possamos mudar-nos
para uma casa a sério.
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Sabes o que sempre desejei ter
numa casa?
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- Eu?
- Um elevador.
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Com um elevador,
recebes qualquer pessoa.
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Suponho que sim.
Nunca tinha pensado nisso.
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O rádio vai com a torradeira...
Acho que estamos a fazer progressos.
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- Jerry?
- Sim?
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Tens falado com aquela fulana
de Omaha?