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Se procura Miss Marple,
está lá em baixo na sala de estar.
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Lamento tê-la assustado.
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Não faz mal.
Acho que ainda estou nervosa.
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Pois, nestas circunstâncias,
não me admiro.
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A que se refere?
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Se eu fosse o assassino,
estaría preocupado se tivesse ouvido
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o que o velho Enderby
disse á Cora.
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- Mas não ouvi.
- Não a censuro por se ter esquecido.
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O assassino não a deixaria
ai á solta, pois não?
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- Tenho de...
- Ir?
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Pois, também eu.
Até amanhã.
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- Passa-se alguma coisa?
- Sim.
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- Posso falar consigo a sós?
- Claro. Venha para o meu quarto.
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Obrigada.
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Espero que isto signifique que já
não pensa que sou a assassina.
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- Desculpe, foi tolo da minha parte.
- Nada disso.
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Uma conclusão natural,
quando me viu sobre o corpo.
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- Não se senta?
- Obrigada.
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Quería dizer-me alguma coisa?
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Realmente ouvi a Sra. Lansquenet
e o irmão a falarem naquele día.
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- Pois, bem me parecia.
- Mas não estava a escutar á porta.
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Claro que não.
O que ouviu?
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Apenas pedaços soltos,
mas o suficiente para perceber
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que ele tinha medo
que algum familiar o matasse.
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- Qual deles?
- Não sei.
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Deu uma pista,
embora odiasse falar nisso.
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Ê compreensivel.
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Miss Milchrest,
contou isto a mais alguém?
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Não, porque quando ele morreu
tão pouco tempo depois,
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comecei a pensar...
E depois a Sra. Lansquenet...
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Miss Marple, tenho medo,
tenho muito medo.
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Acho que tem razão para ter.
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Perguntaram-me todos