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- Vamos, por favor.
- Um passeio com o papá?
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- Sím.
- Não posso acreditar.
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- Ele nunca nos levou a passear.
- Nunca nos levou a lado nenhum.
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- Como é que conseguiste isso?
- Consegui o qué?
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Deves ter-lhe posto essa idéia
na cabeça, de alguma forma.
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Que impertinências dizes tu pr'aí?!
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Eu a pôr idéias na cabeça de outrem!?
Realmente!
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- E onde nos levará?
- Ao banco.
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Oh, Michael, à cidade!Poderemos vêr
um monte de coisas: o papá irá mostrar-nos...
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Bom, a maioria dessas coisas, seguramente.
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Por vezes, a pessoa que amamos... Ela, sem ter culpa disso...
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- não vê mais além da ponta do seu nariz.
- Mais além da ponta do seu nariz?
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Sím. Às vezes algo pequeno pode ser muito importante.
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Oh, olha! A catedral.
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O Papá passa por lá todos os días.
E vê-a.
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Muito cêdo, todos os días,
nas escadarias de São Paulo,
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está a velha senhora dos pássaros.
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E à sua maneira especial,
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chama as pessoas.
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Cómpre-me um pacote,
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cheio de sementes.
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Venha alimentar os passarinhos,
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mostre-lhes que lhes liga,
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e ficarão felizes se o fizerem,
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Os mais jóvens têem fome,
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os seus ninhos estão vazios.
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E só necessitam de 2 céntimos.
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Alimente os passarinhos.
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2 céntimos um pacote
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2 céntimos, 2 céntimos,
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2 céntimos um pacote.
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Alimente os passarinhos.
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É isso que ela apregoa,