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Todas as trompetas de Paris
soam a alvorada.
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Ao Arco do Triunfo
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sobrepoe-se ''Uma produçao de
Alexander Meyerheim''.
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Passa-se á Torre Eiffel.
O título.
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A RAPARlGA
QUE ROUBOU A TORRE ElFFEL
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As trompetas levam-nos
á inevitável cançao do tema.
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Talvez conseguíssemos
que o Sinatra a cantasse.
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Segue-se
uma interminável ficha técnica
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dando conta dos esforços
de toda a ''gente miúda'',
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a quem agradecerei
durante o discurso
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da cerimónia dos Óscares.
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Com o soar dos címbalos,
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''História e guiao originais
de Richard Benson''.
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OK.
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A imagem desvanece.
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E reaparece.
Uma típica praça parisiense
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onde decorrem
festividades.
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Uma mulher de rua
parisiense,
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distintamente
parecida consigo,
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sai duma simples
casa parisiense,
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e atravessa a praça
por entre a multidao.
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Senta-se á mesa,
no café do costume.
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Ofegando de antecipaçao,
aguarda a chegada do seu encontro.
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Um actor.
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Agora,
teremos que descrevê-lo.
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lmagino-o
curiosamente pouco atraente.
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De modo algum. O Philippe
é muito bem parecido.
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De facto,
parece-se com o Tony Curtis.
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Um desses actores
que comem as palavras e se coçam,
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fadados a papéis menores
e de tipo.
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E o seu nome nao é Philippe.
É Maurice.
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Maurice!