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- O escritório do Harry Carver?
- Lá em cima, terceiro andar.
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Tome.
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- Desejo falar com Harry Carver.
- Tem hora marcada?
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Não, mas ele deu-me o seu cartão.
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Olha quem ele é. Arquive isto,
por favor. Entra, filho.
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Doris, não estou para ninguém.
Senta-te.
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- Queres um charuto?
- Não, obrigado.
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- Tenho estado à tua espera.
- Eu não esperava vir.
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Sabia que não podias ficar
com a Maggie e o Joe.
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- Sobretudo com o Joe.
- Podia ter ficado.
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Mas não ficaste.
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Naquele sítio, eles dizem
que o espectáculo não pode parar.
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- E queres saber porquê, não?
- Mais ou menos.
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Aqui só há uma razão pela qual
o espectáculo continua. A receita.
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É por isso que eu cá estou.
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- Vejamos, que disse eu? 200...
- 400.
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A tua memória é tão má
como a minha. Foi 300.
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- Faça 350.
- Não abuses, filho.
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- A sério. Sabe que não quero saber.
- Pois, não deves querer.
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- Está bem. Assina em baixo.
- Depois de ler.
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É o contrato do costume.
Onze semanas.
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Tem um pequeno parágrafo
que diz que pagas uma multa
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de metade do que te dei
se desistires.
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- Metade?
- E se me deixas a mim também?
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Não me agrada a ideia.
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Claro que não.
Mas sem isso não há negócio.