1:06:01
Sim, não acontece muitas vezes.
Por sorte, não havia nada de urgente.
1:06:06
Como? Um paciente a morrer
não é nada de urgente?
1:06:11
D quê?
- Só lhe digo mais uma coisa:
1:06:14
Nunca, em toda a minha vida,
alguém me desiludiu tão profundamente.
1:06:19
E digo-lho na cara:
Retiro-lhe este caso.
1:06:25
Que caso é que me retira?
- Exactamente.
1:06:28
Não compreendo. Se calhar,
passei tempo demais ao sol.
1:06:32
Que não me tenha dito nada,
é uma coisa.
1:06:35
Mas deixar o George sozinho,
quando ele...
1:06:40
está a morrer...
1:06:41
Dh, Ralph...
- Duvi bem, Judy?
1:06:45
Disse que o George está a morrer?
- Pare, Ralph!
1:06:49
Eu sei tudo. Amanhã de manhã
levo-o à clínica Mayo.
1:06:55
Mas...
1:07:02
Ralph Morrissey, como é que se
pode rir numa altura destas?
1:07:05
Já vi muitos hipocondríacos, mas
nunca nenhum como esse.
1:07:13
Ralph,
queres dizer que não é verdade?
1:07:16
Fiz-lhe um exame completo
há duas semanas. - Eu sei.
1:07:20
D George Kimball vai sobreviver-nos
a todos, a não ser que morra de medo.
1:07:23
Então ele não tem nada?
- Absolutamente nada,
1:07:26
eu disse-lho na Sexta-feira.
1:07:31
Porque é que ele me fez isto? Porque
me disse que está a morrer?
1:07:36
Não sei.
Não sou psiquiatra.
1:07:39
Mas talvez devesse...
- Que razão pode ter tido?
1:07:43
Bem, talvez... sei lá.
- Porque é que ele mo disse?
1:07:55
Sim, claro...
1:07:58
Claro!
- D quê? - Eu digo-lhe, porquê.