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Não duvido que os leais Comuns,
aqui reunidos, depressa decretarão esta lei.
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Porque diz respeito ao novo título do Rei
e ao seu casamento com a Rainha Ana.
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Ambos os assuntos agradam
a um súbdito leal.
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Atentai...
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que existe entre nós
uma corja de traidores discretos...
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cuja velhacaria
o Rei não pode mais tolerar.
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E nós, seus leais caçadores, devemos agora
conduzir estas raposas para fora da toca.
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Pai?
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Não arranjei um barco.
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O que é?
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Vão passar uma nova lei no parlamento.
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Com esta lei, vão aplicar um juramento...
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sobre o casamento.
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Quais são os fundamentos?
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-Alta traição.
-Mas quais são as palavras?
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Que importam as palavras?
Sabemos o que é.
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Diz as palavras.
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Um juramento é feito de palavras.
É possível assumi-lo.
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Assumi-lo?
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Se puder ser assumido,
também deves fazê-lo.
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Não!
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Escuta. Deus criou os anjos
para revelarem esplendor.
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Como criou os animais pela inocência
e as plantas pela simplicidade.
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Mas criou o Homem para o servir
com devoção, numa mente confusa.
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Se nos faz sofrer
ao ponto de não existir fuga possível,
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devemos manter-nos firmes
o melhor que pudermos.
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Aí, podemos reclamar-nos campeões,
se ainda tivermos saliva.
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Mas cabe a Deus, não a nós,
levar-nos a dar esse passo.