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Ar fresco vindo de terra seca
faz nevoeiro.
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- Amanhã poderás estar livre.
- Procurarei um médico, alguém...
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Não podes parar.
Serás apanhado.
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- Deixa-me.
- Não podia fazer isso, Pilar.
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Quero que o faças!
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És um animal vil, porco!
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Mentiste-me.
Usaste-me para matar!
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És pior
do que o homem que mataste!
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Não queres saber de mim
nem de ninguém.
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Matar-me-ias também,
se tivesse de ser.
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- Não.
- Não?! Já mataste!
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Não vais morrer, Pilar.
Prometo.
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- Prometerias qualquer coisa!
- Não te deixarei.
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Quem pensas tu que és? Deus?
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- Vai-te embora.
- Pilar...
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Vai-te embora! Não quero morrer
em pecado a olhar para a tua cara!