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Eis uma voz
que reconheceria em qualquer lado.
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J.P. Harrah.
Deixa-me tirar o sabão dos olhos.
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Ouvi dizer que és xerife.
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- Para que é a arma?
- Não sei de que lado estás.
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- Que queres dizer?
- Trabalhas para o Bart Jason.
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Ainda não combinámos nada.
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Ofereceu-me bom dinheiro,
mas ainda não sei o que há a fazer.
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- Queres que te diga?
- Diz lá.
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Cole...
não te aproximes mais da arma.
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Só queria ver
se estavas mais lento.
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Não tanto assim.
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Que ias dizer sobre o Jason?
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Após a guerra, apareceu por cá
a abarrotar de dinheiro.
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Ninguém sabe onde o arranjou,
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mas as pessoas daqui
estavam todas tesas.
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- Sabes como era nessa altura...
- Sim, por todo o Texas.
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Como tinha dinheiro, prosperou.
Agora, precisa de mais água.
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Só a há num sítio.
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O problema é que já lá chegaram.
Com uns 20 anos de avanço.
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Um homem chamado Kevin McDonald,
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que chegou quando só havia
coiotes e índios.
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Tem quatro filhos e uma filha,
trabalharam todos muito.
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Aguentaram-se nos tempos difíceis,
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e agora que há esperança
o MacDonald não quer vender.
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Ele não cede, o Jason força,
e eu estou metido no meio.
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Não foi isso que me contaram.
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Mas é assim que é, Cole. Suponho que
estejas encarregado de tratar de mim.
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Não que não pudesse fazê-lo,
mas a ideia não me agrada.
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Fico contente por dizeres isso.
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Não que eu não chegasse para ti,
mas também não me agrada.
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E se eu disser ao Jason
que tive uma longa conversa contigo
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e que tu me meteste medo?
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- Serve-te?
- Serve.
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Bom, já podes baixar essa coisa.
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Essa arma tem algo de familiar.