:41:06
Tenho uma coisa
que te vai ficar bem a ti.
:41:09
- Mas que raio é isto, Xerife?
- Vá lá, fecha-as.
:41:13
Não confia em ninguém, pois não?
:41:16
- Qual é graça?
- Sinto-me bem,
:41:19
a graça é essa. Não te importas
que me sinta bem, pois não?
:41:22
Não, mas talvez não devesse.
Eu posso...
:41:24
- Posso processá-lo por detenção ilegal.
- Força, fá-lo.
:41:28
Entretanto, vai para ali
e dá-me uma ajuda com o ouro. Vá lá.
:41:35
- Não violei nenhuma lei, Xerife.
- Não?
:41:38
E o roubo do meu cavalo?
:41:40
Precisava daquele cavalo
para recuperar o ouro.
:41:43
Fechando-me na minha própria prisão?
:41:45
Queria que viesse atrás de mim.
:41:48
- Assassínio?
- Autodefesa.
:41:53
Violação?
:41:58
Assalto com uma mão carinhosa?
:42:06
Trata uma rapariga com carinho
E como uma noiva se enfeitará
:42:13
Mas se a tomares por segura
No teu esconderijo te encontrará
:42:19
Dá-te um tiro nos miolos
Se a deixares para trás
:42:23
E assim a cabeça perderás
:42:31
- Esquece. Nem penses.
- Um homem pode sonhar, não pode?
:42:35
Um homem pode sonhar,
mas não vale a pena porque,
:42:37
mesmo que não te enforquem,
:42:40
provavelmente vais usar um número
de preso até ao século XX.
:42:44
Tenho um número para si:
:42:47
50 quilos de ouro amarelo
nesse alforge.
:42:52
- Estás a sugerir que tu e eu...
- Sugeri alguma coisa?
:42:57
Mostre-me um xerife honesto
e eu mostro-lhe um homem pobre.