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Já foste ao México?
:47:03
Sim. Já passei para lá da fronteira
algumas vezes.
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Sim, imagino que sim.
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- Sempre usaste esse distintivo?
- Não.
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Era vaqueiro
após aquela grande seca em '73.
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Esse ano foi tão seco, que os arbustos
andavam atrás dos cães.
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Sim. Tínhamos algum gado...
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até o governo cobrar impostos
pelo solo público.
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Se não é a seca, a febre aftosa
ou a gangrena gasosa,
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é o governo a tentar pôr a mão em tudo.
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É sempre a mesma coisa.
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- Tens razão. Olha.
- O quê?
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Parem!
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Desmontem, rápido!
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Coelho, vai buscar as armas deles.
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Revista bem os coletes
e os casacos deles.
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Aí só há um relógio.
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- É só um relógio.
- Eu quero-o!
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Tens 25 quilos de ouro
e queres um relógio de 1$?
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Quero-o!
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Larga as armas, senão mato-te.
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O que vais fazer agora?
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O que faço sempre
que puxo o cão às minhas armas?
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Vais matar toda a gente.
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Isso é homicídio. Podem mandar-nos
de volta do México por isso.
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- Ele sabe tudo, aquele sapateiro.
- O que nos importa?
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Estaremos a beber tequilas com o Ortiz
no Palácio Presidencial.
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Ele matou o Quinlen.
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Devias agradecer-lhe.
Ficas com um quinhão maior.
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Já viste como tudo se encaixa?
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Não é que importe muito,
mas como soubeste do Quinlen?
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Tem tempo
para uma longa história, Sargento?
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Não. Algema-os.