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Acho que não repararam em nós.
É melhor mostrarmo-nos. Vamos dançar.
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- Mas quando eu pedi...
- Cale-se e dance.
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Ela também sabe dançar.
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Tudo na tua mulher parece surpreender-te.
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Há muito tempo
que não comunicamos a sério.
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Vamos, quero vê-los mais de perto.
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- A sua mão!
- Sou humano.
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Mais ou menos.
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- Desculpe.
- Olá.
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- Que coincidência.
- Boa noite.
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- Quero que conheça o meu...
- Olá.
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Sou o Harvey Greenfield, o namorado.
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- Este é o meu marido.
- Prazer em conhecê-lo.
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- Ouvi falar muito de si.
- Querem juntar-se a nós?
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Não. Bem, eu...
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Somos pessoas civilizadas,
a menos que prefiram ficar sozinhos.
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Raios, não!
Afinal, somos pessoas civilizadas.
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Porque não vêm para a nossa mesa?
A despesa é por minha conta.
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- Que achas dele?
- Pergunta-me depois.
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É estranho ver-te num clube nocturno.
Não te sabia tão agitada.
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- Nunca me conheceste bem, querido.
- Pode trazer mais copos?
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O Julian acha-me caseira,
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por causa dos anos
que passei presa ás crianças.
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Claro.
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A propósito, gosta de crianças?
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Sim, no churrasco.
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É o tipo de piada que diz um homem
que tenta esconder os seus sentimentos.
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- No fundo, sei que adoras crianças.
- No fundo.
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No fundo. Sim, especialmente as tuas.
Sou doido por elas.
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Trabalha em quê?
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- Não trabalho, querida, sou actor.
- Serve o vinho.
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Actor? Não é uma profissão
muito instável?
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Só financeiramente.
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Tens aqui uma bela rapariga.