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- Belo truque.
- Uma caixa vocal, Sr. Bond.
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A ciência nunca foi o meu forte,
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mas o princípio é simples.
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O padrão vocálico de alguém
e a sua ressonância
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são gravados numa pequena fita.
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E uma versão transistorizada
é instalada no seu pescoço.
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Ou no seu pescoço? Nunca sei.
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Bem, não importa. A voz é igual.
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Os meus parabéns aos dois.
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Boa companhia.
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Explosivos, petróleo, electrónica,
casas, aviação.
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Tenho-me saído muito bem, também.
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Tentei reduzir excessos,
mas o Sr. Whyte é bom gestor.
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- A coisa funciona sozinha.
- Acho que o matou.
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Nada de tão melodramático.
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Tenho-o guardado no frio,
por assim dizer.
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Uma apólice de seguro contra
interferências externas aos meus planos.
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A vítima de rapto ideal.
Ninguém vê o homem há 5 anos.
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Quem vai dar pela falta de
alguém que já não aparece?
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Como é perspicaz, Sr. Bond.
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Vejo que não perdeu a argúcia, 007.
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Nada de ideias imbecis.
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Esse míssil não é uma arma prática.
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Nem valia a pena o esforço.
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Afinal de contas, não saberia
qual de vós matar.
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Compreendemos o seu
dilema, Sr. Bond.
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Compreendemos muito bem.
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A ideia era boa, Sr. Bond.
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Mas o gato errado.
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Eu aprecio as nossas visitas, Sr. Bond.
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Apesar de serem dolorosas.
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Mas receio que esta tenha
chegado ao fim.