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Durante todos aqueles meses
na prisão, falámos tanto de ti!
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Tínhamos a certeza de que estavas
morto.
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Quando nos libertaram,
eu juntei-me aos cruzados.
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E foi em Jerusalém que soube
que estavas vivo.
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Mas fiquei surpreendido
pela forma como disseram
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que tinhas abandonado a vida
de que tanto gostavas.
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Procuravas um novo propósito,
um novo significado. Tinhas razão.
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Eu também tentei.
Só que, para mim, falhou.
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No entanto, é demasiado fácil
culpar as Cruzadas por este vazio,
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esta insatisfação que sinto.
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O horror da guerra, a destruição
dos nossos ideais são parte disso,
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mas há mais qualquer coisa.
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Sinto-me abafado pelo meu
passado, pela minha educação.
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Tudo isso deixou de ter
significado para mim.
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E sabes melhor do que ninguém
que não posso viver sem um ideal.
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Talvez esteja errado e talvez devesse
ser mais cínico e esquecer os ideais.
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Por isso, pensei vir falar
contigo.
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- Que se passa?
- Isso daria uma boa pedra angular.
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Forte...
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... e verdadeira.
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Onde as arranjaste?
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Numa pedreira perto daqui?
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Sim. Não fica longe.
Posso levar-te lá, se quiseres.
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Obrigado, Bernardo.