Fratello sole, sorella luna
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:02:13
Durante todos aqueles meses
na prisão, falámos tanto de ti!

:02:17
Tínhamos a certeza de que estavas
morto.

:02:20
Quando nos libertaram,
eu juntei-me aos cruzados.

:02:23
E foi em Jerusalém que soube
que estavas vivo.

:02:28
Mas fiquei surpreendido
pela forma como disseram

:02:31
que tinhas abandonado a vida
de que tanto gostavas.

:02:36
Procuravas um novo propósito,
um novo significado. Tinhas razão.

:02:43
Eu também tentei.
Só que, para mim, falhou.

:02:47
No entanto, é demasiado fácil
culpar as Cruzadas por este vazio,

:02:54
esta insatisfação que sinto.
:02:57
O horror da guerra, a destruição
dos nossos ideais são parte disso,

:03:01
mas há mais qualquer coisa.
:03:04
Sinto-me abafado pelo meu
passado, pela minha educação.

:03:09
Tudo isso deixou de ter
significado para mim.

:03:12
E sabes melhor do que ninguém
que não posso viver sem um ideal.

:03:19
Talvez esteja errado e talvez devesse
ser mais cínico e esquecer os ideais.

:03:25
Por isso, pensei vir falar
contigo.

:03:36
- Que se passa?
- Isso daria uma boa pedra angular.

:03:41
Forte...
:03:44
... e verdadeira.
:03:48
Onde as arranjaste?
:03:52
Numa pedreira perto daqui?
:03:54
Sim. Não fica longe.
Posso levar-te lá, se quiseres.

:03:59
Obrigado, Bernardo.

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