Le Charme discret de la bourgeoisie
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:27:01
Cara senhora,
não nos encontrámos antes?

:27:03
É bem possível.
:27:09
A que devemos a honra?
:27:12
É muito simples.
Gostaria de ser o vosso jardineiro.

:27:15
- Desculpe?
- O vosso jardineiro, sim.

:27:18
- Tratar do vosso jardim... dos
legumes, das flores, da relva.

:27:23
- Precisam de um jardineiro, não precisam?
- Sim, precisamos.

:27:26
Ora muito bem, eu
candidato-me ao lugar.

:27:29
- Mas, Eminência...
- Não se surpreenda.

:27:33
Sabe, a Igreja mudou muito.
:27:35
- Já ouviu falar em padres operários?
- Sim.

:27:39
O mesmo se passa com os bispos.
:27:43
- E percebe de jardinagem?
- Oh, julgo que sim.

:27:48
Passei a minha infância
numa grande casa...

:27:52
mais ou menos como esta.
:27:54
Os meus pais... que Deus proteja as
suas almas, tiveram ambos mortes violentas.

:27:59
Os meus pais tinham um excelente
jardineiro. Eu aprendi tudo com ele.

:28:03
- Os seus pais tiveram mortes violentas?
- Sim, envenenados com arsénico.

:28:08
Quem os envenenou?
:28:10
Nunca se descobriu.
:28:13
E quanto pretende ganhar?
:28:15
As taxas sindicais.
Nem mais, nem menos.

:28:18
Bem... o nosso antigo jardineiro
não estava sindicalizado.

:28:20
Talvez, mas eu insisto em
fazer as coisas como deve ser.

:28:25
Então, a resposta é sim?
:28:30
Muito bem.
:28:32
- Quando deseja começar?
- Agora mesmo. Se me mostrarem o jardim.

:28:37
Vamos lá.
:28:39
Com licença.
:28:40
Tem relva no cabelo.
:28:44
Não é nada.
:28:46
- Vamos?
- Vamos.

:28:48
Até logo, minha senhora.

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