Le Charme discret de la bourgeoisie
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- Viram?
- O quê?

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Aquele militar ali ao fundo.
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É um Tenente.
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- Conhece-o?
- Não, porquê?

:31:15
Não pára de olhar para nós
desde que chegámos.

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Eu não o conheço.
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Eu também não.
:31:25
Já repararam no ar
melancólico dele?

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É verdade. Mas os Tenentes costumam
ter esse ar. Sempre me perguntei porquê.

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Lamento muito, minhas senhoras,
mas acabou-se o chá.

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Como é que não há chá?
O que é que quer dizer?

:31:40
Tivemos muita gente hoje
e acabámos de servir o último chá.

:31:44
- Não há chá nenhum?
- Nenhum, minha senhora.

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Desejam outra coisa qualquer?
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- Então bebo um café.
- Eu também.

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- Eu também. Com conhaque.
- Não vendemos álcool, menina.

:31:55
Três cafés, então.
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Permitam que me apresente. Chamo-me Hubert
de Rochcahin e sou Tenente de cavalaria.

:32:12
Posso sentar-me?
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- Mas... claro.
- Obrigado.

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Minha senhora, teve
uma infância feliz?

:32:21
Sim, muito feliz.
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E a senhora?
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Eu também...
só tenho boas recordações.

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Eu não.
:32:31
Eu tinha vários complexos.
O complexo de Euclides, o complexo de...

:32:34
A minha infância foi trágica.
Permitem-me que eu vo-la conte?

:32:39
- Aqui? Agora?
- Sim. É um pouco longa, mas interessante.

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Se quiser.
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Lembro-me de quando tinha 11 anos.
:32:47
Tinha acabado de entrar
para o colégio militar.

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Não está muito apertado
debaixo dos braços?

:32:55
Abotoa a tua camisa.
:32:58
Já está. Acabou.

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