1:14:03
	Recorda o mito de Sísito.
1:14:07
	Depois de receber o teu encefalograma,
1:14:11
	näo nos mandou mais visitas.
1:14:14
	Também o próprio Oceano
está num processo estranho.
1:14:18
	Começam a formar-se ilhas
na sua superfíïcie.
1:14:21
	Primeiro, apareceu uma.
E foi seguida de outras.
1:14:24
	Julgas que nos compreendeu?
1:14:28
	Assim de repente - näo!
1:14:31
	Mas já temos esperança.
1:14:42
	- Quantos anos tens?
- Cinquenta e dois.
1:14:47
	Há muito que estás aqui?
1:14:50
	Näo viste o meu CV?
1:14:54
	Tu, que tens vivido aqui tantos anos,
1:15:01
	sentes-te ainda ligado à vida de lá?
1:15:06
	Prosseguindo assim, ainda vais-me
perguntar sobre o sentido da vida.
1:15:12
	Deixa-te de ironias.
1:15:15
	O sentido da vida e outros temas eternos
1:15:22
	pouco preocupam um homem feliz.
1:15:26
	Estes problemas só o preocupam
no fim da vida.
1:15:34
	Mas ninguém sabe quando chega o fim.
Por isso, estamos sempre com pressas.
1:15:40
	De todos os homens,
os mais felizes säo os
1:15:44
	que nunca se interessaram
por estas questöes malditas.
1:15:48
	Só pöe questöes quem tem vontade de
saber. Entretanto, para se preservarem,
1:15:51
	as simples verdades humanas
requerem mistérios.
1:15:55
	O mistério da felicidade,
da morte, do amor.
1:15:59
	Até podes ter razäo. Mas procura
näo pensar nisso.