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Voltei à secção egípcia do Louvre,
esta manhã.
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Encontrei um postal simpático
e enviei-lho.
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Que ironia!
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Anos de afecto sem me atrever
a dizer alguma coisa.
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Agia como se fôssemos amigos
sempre que a via,
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o que não acontecia muito,
posso garantir-lhe.
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Não é justo.
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No dia em que reúno
coragem para dizer-lhe,
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descubro...
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... descubro que ela...
:52:57
Porquê?
:53:00
Por que nunca lhe disse?
:53:04
Ela desapareceu sem saber.
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Estamos a fechar,
Monsieur Trelkovsky.
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A vida já não faz sentido.
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- Não pode...
- Seis francos e 60.
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Não pode pensar assim.
É jovem, há-de esquecer.
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Espere.
:53:24
Espere um momento.
:53:27
Obrigado.
:53:38
Garanto-lhe que ela não sofreu.
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E não disse nada?
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- Tem a certeza?
- Absoluta.
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Pronto, pronto.
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É a minha rodada, caramba!
Bebidas para todos.