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A rapariga costumava puxar
os cabelos para trás,
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e cheirava sempre...
à água do rio.
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Para eles, a vida era
uma festa, grande e longa,
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onde tinham muitíssimo espaço.
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Eram felizes.
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Certa ocasiäo, a menina disse
que tinha de ir a Petersburgo,
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por dois dias.
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<> - perguntou ela.
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<
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Mas vou ter muitas saudades tuas. >>
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Acompanhou-a à estaçäo à meia-noite.
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A menina deu-lhe um abraço muito meigo.
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O estudante apertou-lhe as mäos e
reteve com dificuldade as lágrimas,
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sem pronunciar palavra.
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Quando o comboio partiu,
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ficou a olhar as luzes de sinalizaçäo
que se iam afastando,
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repetindo muito baixinho:
<
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Minha maravilhosa... >>
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Passou um dia.
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Dois, cinco. Um mês.
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E ela sem voltar. Nunca mais voltou.
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O estudante ia à estaçäo, embebedava-se,
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esperava os comboios, e voltava a beber...
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Acabou por acalmar
e ganharjuízo...
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E por tornar-se como todos os outros.