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Diga-me, como hei-de viver agora?
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Näo será melhor näo viver?
Estou só, outra vez, só...
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Que terrível!
Terei merecido este castigo?
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Que tens? Bateram-te? Ofenderam-te?
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Permita-me que me apresente:
Um marido enganado!
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Sofia? Viste? Platonaf?
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Meu Deus, Sofia!
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Sofia, Sofia, Sofia!
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Minha felicidade...
minha salvaçäo... minha esperança...
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Mäe, mande-me para o manicómio,
que estou louco!
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Pois eu ainda acredito no amor,
na honestidade e na amizade!
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Ou mande-me matar à pedrada,
como se fosse um cäo hidrófomo.
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Sou um empecilho para todos,
porque näo faço falta a ninguém.
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Serjel, chega, calma...
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Calma, calma...
Ah, Platonaf, Platonaf...
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Tudo se arranjará, tudo voltará a ser
como dantes.
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Ninguém quer a tua cocote mal jeitosa.
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Platonaf é inteligente, compreende
perfeitamente que ela nada tem
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além de coquetaria e de sentimentos
fingidos.
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Tudo se há-de compor,
tudo será como dantes.
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Sofia ficará ao teu lado,
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Platonaf ao meu,
Sacha ao de Platonaf.
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Ninguém cobiça a tua Sofia. Calma!
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Mamä... mamä, como pode dizer isto?
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Como pode? Como pode?!
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Como pode!