:54:06
É aqui que vive a filha do
catedrático Tikhamirav?
:54:13
- Boa noite.
- Boa noite.
:54:20
- Posso sentar-me?
- Por favor.
:54:26
Tive uma conversa franca e séria
com Rudik.
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O meu filho não a ama.
Foi uma paixão passageira.
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Ficou muito sentido com as suas
mentiras sobre
:54:39
casas de catedráticos.
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Deixe de ligar para nós
:54:45
e acabe com as ameaças idiotas.
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Nunca vos telefonei.
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Então, alguém o fez a seu pedido.
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Nunca pedi tal coisa a ninguém.
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Fui eu que telefonei!
:55:04
E mais: Vou escrever para o trabalho
do seu filho.
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Será castigado!
:55:12
Você é a tal especialista
de psiquiatria
:55:15
que trabalha na panificação?
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- Sou! E depois?
- Que o trabalho lhe faça proveito.
:55:20
E a residência.
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Já vivi o que bastasse
em casas comunais.
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- Além disso, os tempos são outros.
- Os tempos são sempre os mesmos!
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De resto, somos quatro a viver
em duas assoalhadas.
:55:31
Só nos faltava agora você
mais o seu filho!
:55:35
Eu não quero nada.
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Juro nunca lhe pedir seja o que for.
:55:43
A única coisa que posso fazer é isto...
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Obrigada, não ganho mal...
:55:58
Como queira.