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-Que notas musicais são essas?
-Raios laser.
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-Um requiem para o Buck Rogers.
-Fixe!
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-Já pensaste em fazer música a sério?
-É a minha música.
:35:15
-Falo de uma banda.
-Não gosto. Sufocam-me.
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-Prefiro a minha cave vazia.
-Pode fazer-se dinheiro no Verão.
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-Se nos organizarmos.
-Não me interessa.
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Há bailes de chá e festas,
casamentos e bar mitzvahs.
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Coisas certas. As pessoas
casam-se e crescem sempre.
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-Não preciso de chatices.
-Trato de tudo...
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...como uma agente.
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Trato das marcações, das viagens,
dos fatos, em troca de 1 0%.
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E uma parte justa
da actuacão.
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-Que fatos?
-Simples, com lantejoulas e assim.
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Algo transparente, decotado.
Têm de ver algo.
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O som pode ser fixe, mas, no fundo,
as mamas é que arranjam contratos.
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-Acho que me fico pela cave.
-Bruno, é a nossa oportunidade.
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-Não queres êxito?
-As nossas mamas não estão à altura.
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Por quê?
:36:15
Por quê?
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Deus vai castigar-te,
Yuri Yajeyopeyonoff.
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Que crime cometeu esta crianca
por nascer...
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...para não poder beber
o leite do paraíso?
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Magoas-me, Elena.
Não perdi nem um rublo, nem um!
:36:39
-Tentamos de novo? Está meio piegas.
-Não! Não quero.
:36:44
-Mas não há nada de errado em ti.
-Eu sei. É esse o problema!
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Todos são coloridos, excêntricos
ou carismáticos. E eu sou normal!
:36:53
O meu nariz é normal. O meu corpo
é normal. E a minha voz é...