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A Barbra Streisand
não mudou de nome.
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-Não se fala mais disso.
-Chamo-te Dóris, como sempre.
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Não respondo!
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-É um bom nome.
-Para uma pessoa boa.
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Uma pessoa boa, escanzelada,
monótona, dúbia!
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Tenho muitas amigas chamadas Dóris,
e não são nada disso.
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-Mas são todas...
-O quê?
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Não, não. Diz. Vá, diz!
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Gostava de saber o que a minha filha
vê de mal nas minhas amigas.
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Não quero um nome de meia-idade!
Não me diz nada.
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Chame-me Dominique.
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Dominique.
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-Que ridículo!
-É francês.
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-Sei o que é, mas não és tu.
-Hei-de habituar-me.
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-Dominique Finsecker?
-Não. Dominique Dupont.
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-Parece nome de pega.
-Mãe!
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Não sei o que se passa contigo.
Dizes-me o que se passa?
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Onde está a minha Dóris?
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Está a acontecer-me algo
de maravilhoso. Estou a crescer.
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Estás a tornar-te outra pessoa.
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-Estou a tornar-me actriz.
-Quero que sejas a Dóris que conheço.
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Que amo. Que me ajuda
nas compras.
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Que me faz postais de anos...
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...a partir de pacotes dos Cheerio.
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Não a Dominique...
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...que passa a noite toda fora.
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Mãe!
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E que engravida.
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Ou faz um aborto,
Deus a livre!
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A Dominique seria esperta.
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Mas a minha Dóris...
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...é tola para engravidar...
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Mãe, foi só uma noite!
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Não é preciso mais.