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- Cuidado.
- Tenho sempre.
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- Para quê o drama? Podia ter telefonado.
- E você vinha?
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Ver o Padrinho francês?
Bruno, sou reporter.
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E linda, ainda por cima.
Dê um mergulho.
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Va la.
Vamos pôr-nos à vontade.
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- Sente-se.
- Posso beber qualquer coisa?
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- Tenho alternativa?
- Por acaso, näo.
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- E champanhe?
- Optimo. Ponha-lhe um pêssego dentro.
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Champanhe e pöe-lhe um pêssego.
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Sim, senhor.
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- Nunca ouvi essa do pêssego.
- E muito sexy.
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- Traz dois.
- Sim, senhor.
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- E se ele näo tiver pêssegos?
- Algo de muito melodramatica.
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Na pior das hipoteses,
aceito o champanhe simples.
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Marie, você é mesmo
uma mulher sensacional.
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Bruno, ha um velho ditado.
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- Como é?
- Näo aldrabes um aldrabäo.
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Quero que desista desta
coisa do Clouseau.
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- Tire os oculos.
- Para quê?
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Para eu ver o que esta a pensar.
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Duvido.
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- Por que quer que eu desista?
- Porque eu lhe estou a pedir.
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- Näo chega como razäo.
- Devia chegar.
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E se eu näo o fizer?
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Sabe, Marie, quando eu era da sua idade,
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pensava muitas vezes como seria
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se encontrasse de repente
um montäo de dinheiro.
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- Ja imaginou?
- Ja.
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Até imaginei que um dia alguém me
quisesse subornar com uma fortuna.
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- E o que fez?
- Estive tentada.
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- E um bom principio.
- Mas disse que näo.