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25 DEZ 0000
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Eis um dia marcante
na história da ciência.
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5 de Novembro de 1955.
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Sim, claro...
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5 de Novembro de 1955.
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O que aconteceu?
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Foi o dia em que inventei
as viagens no tempo.
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Lembro-me nitidamente.
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Estava de pé na sanita
a colocar um relógio.
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A porcelana tinha água.
Escorreguei e bati com a cabeça.
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Quando acordei,
tive uma revelação.
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Uma visão. Uma imagem na cabeça.
Uma imagem disto.
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É isto que torna possíveis
as viagens no tempo.
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O condensador de fluxos.
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Condensador de fluxos?
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Levou quase 30 anos e a fortuna da minha
família para concretizar a visão desse dia.
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Meu Deus, já foi há tanto tempo?
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As coisas por
aqui mudaram mesmo.
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Lembro-me de quando isto aqui
era só terra cultivada por todo o lado.
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O velho Peabody era
o dono de tudo isto.
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Tinha a ideia louca
de plantar pinheiros.
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Isto é incrível, Doc.
É bestial.
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Trabalha com gasolina
sem chumbo normal?
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Infelizmente, não.
Precisa de algo mais poderoso: plutónio.
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Plutónio. Espere lá.
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Quer dizer que esta
coisa usa energia nuclear?
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Continua a gravar.
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Não, esta coisa é eléctrica,
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mas preciso de uma reacção nuclear
para gerar os 1,21 gigawatts necessários.
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O plutónio não se compra
numa loja qualquer.
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Roubou-o?
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Claro. A um grupo terrorista de líbios.
Queriam que lhes construísse uma bomba.
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Fiquei com o plutónio e dei-lhes um invólucro
de bomba cheio de peças de flippers.
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- Anda. Vou arranjar-te um fato anti-radiações.
- Céus!