Cyrano de Bergerac
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:31:02
Os versos dos meus amigos!
Rasgados! Desmembrados!

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Os vossos péssimos escritores
de linhas tortas!

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Formiga!...
:31:10
Não insulteis
essas divinas cigarras!

:31:13
- Fazer isto aos versos!
- Nem mais.

:31:16
Que fazeis, então,
senhora, à prosa?

:31:21
- Miúdo! Que queres?
- Três pastéis.

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Aqui estão,
bem tostados e quentinhos.

:31:29
Podia embrulhá-los,
se faz favor?

:31:31
- Num saco?
- Sim, claro!

:31:34
Que eu os embrulhe?
:31:39
“Tal como Ulisses, no dia
em que abandonou Penélope...”

:31:43
Este, não!
:31:46
“O louro Febo...”
Este, não!

:31:48
- Então, quandos vos decidis?
- Pronto, pronto, pronto!

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Miúdos...
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Devolvam-me o soneto a Filis.
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Em vez de três pastéis,
dou-vos seis.

:32:06
“Fillis”!
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Por cima deste doce nome,
uma nódoa de gordura!

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- Que horas são?
- Meu Deus!

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Sete horas.
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Que cena ontem à noite!
Que combate!

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- Qual?
- O do hotel de Borgonha!

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- O duelo!
- Sim, o duelo em verso!

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- Não sabe falar de outra coisa.
- “No fim da balada...”

:32:30
Mais uma vez! Não!
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“Dou o toque! No fim da balada
darei o toque!”

:32:34
Como é belo!
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- Que horas são, Ragueneau?
- Sete horas e dois minutos.

:32:38
Fazer uma balada!
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- Que tendes na mão?
- Nada. Um golpe.

:32:43
- Passaste por algum perigo?
- Eu? Não, nenhum.

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Creio que estais a mentir.
:32:49
Estou aqui à espera de alguém.
Podereis deixar-nos sós?

:32:51
É que eu não posso!
Os meu poetas vão chegar!

:32:55
Para a sua primeira refeição!

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