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- Não consigo achar minhas chaves.
- Está atrasada. Precisa cortar a cebola.
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- Não vamos jantar fora?
- Não, vou fazer a dobradinha da sua mãe.
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Está cozinhando?
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- Quantas colheres de chá para uma de sopa?
- Tenho cara de calculadora?
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- Talvez eu deva cozinhar algo.
- Não, obrigado.
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Prefiro morrer na cama.
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É para ter essa aparência?
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- Jesus.
- O quê?
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Nada.
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Então deixei as coisas do jeito que estavam.
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Terminou?
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- Não estava mal para dois advogados.
- Não era a da sua mãe mas...
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- Estava ótimo.
- Era só para ter seu aroma em volta.
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Empacotei algumas coisas da sua mãe.
Talvez você queira.
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Quer ver?
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Meu Deus. Veja todo esse cabelo.
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Você tinha uma linda mãe, Magpie.
Veja isto. Meu Deus.
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Magpie?
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Você não me chama assim desde os 12 anos.
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A mais linda, a mais esperta,
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garotinha bocuda.
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O Festival no Parque.
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1967, 1968.
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Não fazem mais passeatas como
antigamente. Lembra-se disto?