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. . .e um dia disse-me que tinha medo
de levar pancadas.
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Disse-me que era culpa minha.
"Porque é que nunca me bates?"
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E essa, hem?
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Mas isso passou-lhe,
e tornou-se um ás do corpo-a-corpo.
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Sempre foi assim.
Detestava ter medo.
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Se tinha medo duma coisa,
fazia-a até o medo passar.
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E a mäe também era assim.
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É uma bela família.
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- Comeram bastante?
- Limpa a boca.
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- Já acabaste?
- Pensa na sobremesa.
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Näo lhes vou contar como, aos 1 3 anos,
descobriste como eram as miúdas.
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Vamos, Frank.
Podes correr, mas näo esconder-te.
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Tenho as pretas, näo tenho?
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As brancas!
É a tua vez!
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É a minha vez?
Tens a certeza?
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Da última vez,
comi-te a torre.
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Tens razäo.
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Há quanto tempo dura isto?
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Há 3 anos.
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Ao princípio, pôs-me em dificuldade.
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O que é que achas?
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O cavalo come o peäo.
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Miúdo da cidade!
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Vem sentar-te ao meu lado.