Much Ado About Nothing
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Nada. Só devolvendo-a.
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Meu Príncipe, mostrais-me
um nobre agradecimento.

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Aqui a tendes de novo, Leonato!
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Não deis esta laranja podre
ao vosso amigo.

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Ela finge uma honra que não tem!
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Ruboriza-se como uma donzela!
Não juraríeis, vós todos que a vedes,

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que é pura, por estes sinais
exteriores? Mas não é tal!

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- Conhece o calor da luxúria!
- Que quereis dizer, senhor?

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Não vou casar-me, não unirei
a minha alma à de uma libertina!

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Não!
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Meu bom senhor,
se acaso vos aconteceu

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vencerdes a resistência dela,
roubando-lhe a virgindade...

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Não, Leonato!
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Nunca a tentei com outras palavras...
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... que não as de um irmão
para uma irmã,

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mostrando uma sinceridade
recatada e um amor puro.

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E eu não vos pareci fazer o mesmo?
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Parecias-me Diana na sua esfera,
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mas o teu sangue é mais ardente
do que o de Vénus...

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lde-vos!
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... ou do que o de animais nutridos
no excesso de uma luxúria selvagem!

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Sentis-vos bem,
para assim falardes?

1:02:32
- Porque não falais?
- Que posso dizer?

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Sinto-me desonrado por ter querido
unir o meu amigo a uma devassa.

1:02:42
Que homem falou contigo
ontem à noite,

1:02:45
à tua janela,
entre as doze e a uma?

1:02:48
Não falei com homem nenhum
a essa hora!

1:02:51
Não sois uma donzela. Leonato,
lamento que tenhais de ouvir isto.

1:02:56
Posso jurar que eu, o meu irmão
e este infeliz conde a vimos,


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