Much Ado About Nothing
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1:15:01
Por favor, cala-te!
Sou de carne e osso.

1:15:04
Nunca um filósofo aguentou
com paciência uma dor de dentes.

1:15:09
Não carregues o fardo sozinho.
Faz sofrer os que te fizeram sofrer.

1:15:14
Tens razão. É o que farei.
1:15:17
A minha alma diz-me que Hero
foi caluniada. Claudio há-de sabê-lo,

1:15:21
assim como o príncipe
e todos os que a desonraram.

1:15:24
O príncipe e Claudio vêm aí.
1:15:28
- Bom dia.
- Quereis ouvir-me?

1:15:30
- Temos pressa.
- Pressa? Passai bem, senhor!

1:15:35
- E agora, ainda tendes pressa?
- Não brigueis connosco.

1:15:39
Se uma briga o desagravasse,
travá-la-íamos.

1:15:42
- Quem o ofendeu?
- Quem? Tu!

1:15:45
Não leves a mão à espada.
Não me metes medo.

1:15:48
Antes esta mão mirrar
do que meter-vos medo.

1:15:52
- Ela nada quis com a espada.
- Ora, ora, não escarneças de mim!

1:15:57
Não sou senil nem tolo. Afirmo
que caluniaste a minha inocente filha.

1:16:02
- Falais à toa, ancião.
- Provarei o que digo, enfrentando-o!

1:16:06
Para trás! Não quero nada convosco!
1:16:09
lgnoras-me?
1:16:12
Mataste a minha filha!
1:16:14
Se me matares, rapazola,
matarás um homem.

1:16:18
Matará dois, mas isso não importa.
Ele que mate um primeiro.

1:16:23
Vou dar-te uma lição de esgrima,
tão certo como eu ser fidalgo.

1:16:27
Dá-te por satisfeito.
Eu adorava a minha sobrinha,

1:16:32
levada à morte
pela calúnia de uns biltres.

1:16:35
Rapazolas azougados,
descarados e vaidosos,

1:16:39
que mentem, enganam,
zombam, aviltam e caluniam!

1:16:44
- Irmão...
- Deixa. Não te metas.

1:16:47
Eu trato disto.
1:16:50
Não queremos impacientar-vos.
1:16:53
Lamento a morte da vossa filha,
1:16:55
mas ela não foi acusada de nada
que não fosse verdadeiro e provado.


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