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Faço peças do Noel, do Phil Barry,
ou pelo menos do Max Anderson.
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Helen, ouve. Trata-se dum papel
principal numa peça séria
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e sê realista, há muito tempo
que não tens um êxito.
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Há muito e muito tempo.
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Mas ainda sou uma estrela.
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Nunca faço de farrapo ou de virgem.
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És uma estrela por seres grande.
Uma grande estrela.
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Mas nestes dois últimos anos
tornaste-te mais conhecida
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por seres adúltera e bêbeda,
e digo isto com todo o respeito.
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Não bebo desde a véspera
do Ano Novo.
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- Do Ano Novo chinês...
- Que já foi há dois dias.
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Sabes o que isso é, para mim?
Quem é, Josette?
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- Flores...
- Trá-las aqui, então.
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Tens de perceber que as propostas
já não chegam como antigamente.
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Manda-as o David Shayne.
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''De um simples artista a uma grande.
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''O mero facto de considerar
entrar na peça já me realiza.''
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Como é ele?
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Dizem que fantástico,
um génio prestes a revelar-se.
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- Quero o meu nome por cima do título.
- Onde mais seria?
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Aprovação do actor principal,
o melhor camarim.
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Isso nem se põe em dúvida.
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E aprovação de todas as minhas fotos.
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O papel não é brilhante
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mas talvez eu e o David
o pudéssemos rever os dois,
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talvez em conjunto o consigamos
tornar mais interessante.
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Porque estarei nervosa?
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- Coitada da Clara Bow...
- Ela é cá um pedaço.
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- Faria tudo para entrar num filme.
- Suficientemente bonita, és.
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Podias falar de mim ao Sr. Valenti?
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O Sr. Valenti conhece toda a gente.
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Pois, vai fazer da Olive Neal
uma estrela da Broadway.
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Arranca, arranca!
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Onde é que foi? Quem mataram eles?
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Meu Deus...
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Bom, vou estar mais
uma hora aqui em casa da Olive.