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Mas sente-se
irracionalmente atraída por ele.
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- Não faz sentido...
- Mas tentem assim.
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- Tem algo de contraditório...
- Eu cá acho mau teatro.
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Eu digo onde está o erro.
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Um momento, não vamos cair
numa discussão...
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Ela não devia deixar o gajo,
devia aguentar-se com ele.
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E quando o Tenente discutisse
com a mulher e a deixasse,
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reparava nela.
Assim já era menos chato.
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Alguém diga qualquer coisa!
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- Acho-a uma boa ideia.
- Não é má...
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- Estás a brincar?
- Até que não é mesmo.
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Quanto a mim, gosto,
acho-a muito dramática.
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Ellen, vês o que tenho
de aturar todos os dias?
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Espera, acho até interessante
o conceito dele.
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Não digo que...
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Ela não deixa o Tenente.
Não deixa o noivo.
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Omitindo essa cena, abrem-se
montes de boas perspectivas.
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- A ideia é boa.
- Eu gosto, David.
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- Pões-te do lado dele?
- Não é questão de lados...
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Pois, ela tem razão,
a peça nunca resultou aqui.
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Por isso os actores
estavam tão desajeitados.
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- Não posso fazer essas alterações.
- Porque não?
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Como se voltam a encontrar?
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O Tenente repara nela...
E decide ir atrás dela.
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Era o que acontecia na vida
real, ele ia atrás dela.
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Não se pode forçar as coisas,
se tomam uma direcção nova...
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- Desisto.
- Não sejas egoísta.
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Egoísta? Por proteger a minha peça?
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Protegê-la de quê, duma boa ideia?
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Obrigado pelo teu apoio...
Está decidido, demito-me.
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Vou jogar aos dados.
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... dá-nos uma oportunidade melhor,
e como ele é artista...