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Andas a dormir
com a Helen Sinclair?
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- O quê?! Não!
- Não me mintas!
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Não há jornal de bisbilhotices
que não fale de vocês!
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- Sabes como eles são.
- E aqueles serões todos...
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- E o que é isto?
- Encontrei-a, não sei onde.
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''Para a Helen, do Cole. Let's Do lt. ''
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Já me lembro. Elogiei-a e ela deu-ma.
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- Porque não me contaste?
- Se não há nada para contar!
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Agora que vais ter êxito queres
troçar-me pela Helen Sinclair.
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- Que ridículo!
- Tens a certeza?
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imaginas o quão disparatada
estás a ser?
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Não me quiseste em Boston...
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Estava louco com trabalho,
a peça tinha problemas.
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Eu trabalho.
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Sou eu, o David...
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Que raio de imaginação tens tu.
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Sinto-me completamente
baralhado, Flender.
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Amo a Ellen, que me tem
apoiado desde o princípio.
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Ela estaria mais feliz em Pittsburgh,
lá a nossa relação era óptima.
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Amo-a de todo o coração, mas...
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Vai directo ao assunto,
qual é o problema?
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- Foi sempre óbvio que a amas.
- Mas ando metido com a Helen Sinclair
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e sinto-me nojento
mas incapaz de a deixar.
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Ela é tão carismática, brilhante,
linda, uma verdadeira artista.
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- E falamos a mesma linguagem...
- Estás cheio de remorsos.
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- Estou cheio de remorsos.
- Estás cheio de remorsos.
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- Estás cheio de remorsos.
- Não consigo dormir.
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Remorsos são uma parvoíce burguesa,
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um artista cria o seu próprio
universo moral.
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- Eu sei isso.
- Então qual é o problema?
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Ouve, vou dar-te um conselho,
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o mesmo conselho
que me deram há anos
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quanto tive um dilema semelhante.
- Semelhante ao meu?
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Que é que fizeste?
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Cada um faz o que tem de fazer.