:20:00
Matéria-prima, mais nada.
- Enganas-te.
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Sabes
que eu sabia tocar isto?
:20:11
Em que parte de mim
residia esse conhecimento?
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Nestas mãos?
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Nesta mente?
Neste coração?
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E ler e falar
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Não eram tanto as coisas aprendidas,
eram mais as coisas recordadas.
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Vestígios de memória no cérebro,
talvez.
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Alguma vez mediste
as consequências dos teus actos?
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Deste-me vida
e abandonaste-me à morte.
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Quem sou eu?
- Tu
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Não sei.
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E achas que eu sou maléfico.
:21:17
Que posso fazer?
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Há uma coisa que quero.
Um amigo.
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Um amigo?
- Uma companhia.
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Uma fêmea.
Alguém como eu.
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Para que não me odeie.
- Como tu?
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Não sabes o que estás a pedir.
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Eu sei que pela compaixão
de um ser vivo -
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faria as pazes com todos.