:08:01
Está bem. Adeus.
:08:07
Era...um tipo chamado Brian.
:08:10
- Pareceu-te chateado?
- Sim, um pouco.
:08:13
- Isso é bom ou mau?
- É um progresso.
:08:16
- Atendo o telefone?
:08:18
Deixa estar. Ele sabe que devo estar em casa.
Esta semana, estou no turno da noite.
:08:22
- Estás no turno da noite?
- Sou médica.
:08:26
- E ele é um paciente?
- Não, mas precisa de tratamento.
:08:31
- Para quê?
- Para uma certa fraqueza.
:08:34
- A condição humana.
- Estás a par...
:08:37
- Bem, eu escrevo sobre isso.
- E não é a mesma coisa?
:08:42
Não, eu estou, como todos os escritores,
à procura de mim mesmo.
:08:46
Já procurou atrás do frigorífico?
Encontro lá muitas coisas.
:08:48
Ele pareceu ser boa pessoa, Alex.
:08:51
Não estou a dizer que não parece
ser boa pessoa.
:08:54
Só digo que é um pouco estranho,
essa procura por ele mesmo, ou lá o que é.
:08:57
Ele não parecia estranho, Alex.
:09:00
Ele parecia...tu sabes...
:09:05
- Interessante.
- Interessante?
:09:14
Interessante.
:09:22
Estou? Não, ela não está.
:09:25
Não sei. Não faço ideia.
:09:28
- Quem era?
- Não sei. Parecia ser Sueco.
:09:30
- Conheces algum Sueco?
- Não.
:09:34
Talvez fosse a emoção.
:09:36
- O que é que achas?
- De quê?
:09:38
- Deste Hugo.
- Não tenho tempo.
:09:41
- Só estou a perguntar o que achas.
- Quero lá saber, desde que não seja um tarado.
:09:45
David, é a letra da tua mãe.
Eu não abri.
:09:49
Não gosto de ler acerca
da constipação do teu pai.
:09:52
- Então encontramo-nos com ele?
- O quê?
:09:55
Sim, sim...Todas as cartas que este
gajo te escreve são iguais.