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Muito.
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Porquê?
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Deve haver um cigarro
em qualquer parte.
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Casei-me com um médico.
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Estafei-me de trabalhar para
lhe pagar os estudos.
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Uma vez rico e célebre,
trocou-me por uma mais jovem.
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Não tinha
um dólar para comprar comida. . .
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. . .nem um carro para procurar trabalho.
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Julguei que podia desenrascar-me,
como tu.
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Mas. . .
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. . .enganava-me.
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E pôs-se a beber?
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Primeiro. . .
perdi o sono e o apetite.
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Ficava de pé toda a noite,
a velar os meus filhos. . .
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. . .à procura duma solução.
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Comecei a tomar soníferos.
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Foi ele que mos receitou.
Não eram para me suicidar.
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Foi então que ele me atacou.
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Contratou um grande advogado.
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Eu não tinha ninguém.
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Julgava que todos esses anos
a assoá-los, a limpar-lhes o rabo. . .
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. . .a cozinhar e a passeá-los
de carro. . . me seriam favoráveis.
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Fui uma idiota.
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O tribunal declarou-me inapta.
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De repente. . .
:58:30
. . .desapareceram.
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Ele levou. . .
:58:35
. . .a minha filha
e o meu menino.
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Foi então que comecei a beber.
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Mas tornei-me sóbria. . .
:58:43
. . .e fiquei sóbria.
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E tirei o curso de Direito.
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Tens saudades dos teus filhos?
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Tanto. . .
que tento não pensar neles.