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roupas e uma carteira.
Entregaram-nas à polícia.
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Eles encontraram
os corpos na sexta-feira,
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seis dias depois
de terem desaparecido.
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O corpo da minha filha
estava nu, as pernas abertas.
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O relatório do médico legista
dizia que tinha a vagina rasgada.
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Ao princípio não encontraram
o pin do liceu que ela usava.
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As punhaladas tinham-no
enterrado no corpo.
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Ela adorava esse pin. Orgulhava-se
tanto dele que o usava sempre.
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Dizia:
A turma de 88 faz a diferença.
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A polícia não nos deixou ir
à morgue identificar o corpo.
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Disseram que seria
demasiado traumatizante.
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Mas eu não suportava a ideia
de enterrarem esse corpo
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sem eu ter a certeza
absoluta de que era a Hope.
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Então telefonei ao meu irmão
que é dentista.
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Pedi-lhe que a identificasse
através da dentadura.
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Antes de ele meter a mão
naquele saco cheio de cal
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e agarrar o queixo da Hope,
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ele era contra a pena de morte.
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Depois, passou a ser a favor.
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Eu sabia que tinha de ser a Hope.
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Era o que a razão me dizia,
mas tinha de ter a certeza.
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Esta é a Irmã Helen Prejean.
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Muito prazer, Emily.
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Vamos para a cozinha, eu farei café.