:08:01
Devem pensar
que nos alimentamos do ar.
:08:06
É essa a máquina
que usam depois duma execução?
:08:09
É, sim. Tem de ser tudo oficializado.
:08:13
Ainda bem que acabaram com a cadeira
eléctrica. E melhor tirar a agulha.
:08:17
Faz parte do trabalho.
Vamos buscar-lhe comida.
:08:20
- Quem espeta a agulha?
- Essa informação é confidencial.
:08:25
É você?
:08:27
Não estamos autorizados
a revelar pormenores da execução.
:08:33
Vamos buscar-lhe comida
e depois mandamo-la para casa.
:08:36
Tenho de voltar para junto do Matt.
:08:38
Desculpe, Irmã. Ordens
do director; por hoje acabou-se.
:08:46
- Onde foi ontem?
- Não me deixaram voltar.
:08:48
Está bem?
Ninguém me diz nada.
:08:51
Não sabia? Eles disseram-me
que o avisavam do que aconteceu.
:08:55
Levaram-me para uma sala
para me pesarem e medirem.
:08:57
- Para quê?
- Para tratarem do caixão.
:08:59
Quando voltei, já cá não estava.
Passei o dia sozinho.
:09:02
Desculpe, Matt.
:09:06
Sinto muito.
:09:13
- Alguma vez se sente só?
- Claro que sim.
:09:22
Às vezes, ao Domingo, quando sinto
o cheiro dos churrascos dos vizinhos,
:09:26
ouço as crianças rindo
e eu estou sentada no meu quarto,
:09:31
sinto-me uma idiota.
:09:36
Do que eu sinto mais
a falta aqui é de mulheres.
:09:41
Costumava sentar-me no bar,
a beber e a ouvir música.
:09:45
Dançava até ás 3 ou 4 da manhã.
:09:48
Não vou mentir, acredito no sexo.
:09:51
Eu e as minhas amigas pegávamos
numa garrafa, num cobertor e em erva
:09:53
e íamos para o bosque fazer sexo.
:09:56
Sente-se a falta disso.