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Que importa o que dizemos
sobre os outros?
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- Adeus, Tanya.
- "Adiós".
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- Esteve sempre aí?
- Vi a última parte do filme.
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O Welles nem sequer
queria fazer este filme.
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Tinha um contrato com um
estúdio que o condicionava.
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Por vezes, trabalha-se melhor
com uma arma apontada à cabeça.
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- Trouxe-lhe o argumento.
- O Harry deixou-mo lá em casa.
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- E que tal achou?
- Não é mau de todo.
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Não gosto do título,
nem de algumas personagens.
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- Já o leu?
- Ainda não, mas vou lê-lo.
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- Faz boa equipa com o Harry.
- A sério?
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- Vou fazer um acordo com ele.
- Gosta de algum papel?
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Quero produzi-lo.
Sobretudo se conseguir o Martin.
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- É justo.
- Qual a sua parte nisto?
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Foi para perguntar isso que veio?
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Quero saber.
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Por que há-de alguém querer
entrar nos filmes?
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- Ainda ontem era um cobrador.
- Mas nunca gostei muito de ser.
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Sobretudo desta parvoíce
sobre o "respeito".
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Já é mau tratar estes tipos
como heróis,
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e dos comentários estúpidos que
acham tão engraçados.
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Pensa que o negócio do cinema
é diferente?
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Mas eu gosto do cinema.
Se ajudar o Harry a fazer um filme,
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talvez descubra o que fazer,
além de receber dinheiro.
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Não parece muito difícil.
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Estive muito tempo no negócio
do dinheiro. Tenho ideias.
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Amanhã falo com o Martin.
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Disse ao Harry que depois
ia ter convosco ao "Abiquiu".
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Isto talvez resulte.
Nunca se sabe.