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- Olá, Pollyanna!
- O que me chamaste?
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Disse que parecias a Pollyanna.
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Muito bem, senhoras!
:38:08
Sou o Tony Moss.
Eu produzo este espectáculo.
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Algumas de vocês já devem ter ouvido
dizer que sou um anormal.
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Eu sou um anormal.
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Aqui só me interessa uma coisa:
O espectáculo.
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Não me importo se vivem ou morrem.
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Quero ver-vos dançar
e quero ver-vos sorrir.
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Não posso usar-vos
se não puderem sorrir,
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se não derem espectáculo,
se não souberem vender.
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Deixa-me olhar para ti.
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Afastem-se.
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Afastem-se.
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Marty, olha-me para estas mamas.
O que são, melões?
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Isto é um palco, querida.
Não é uma vacaria. Até à vista.
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- Já te vi antes.
- Sim, Sr. Moss,
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fiz uma audição para si em Janeiro.
Disse-me para arranjar o nariz.
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- O nariz está bonito.
- Obrigada, Sr. Moss.
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- Também tens um bonito sorriso.
- Obrigada.
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Mas sabes uma coisa?
As tuas orelhas sobressaem. A sério.
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Volta quando as arranjares.
Até à vista.
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Soletras M.G.M. De trás para a frente?
Não podes.
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- M.G.M.
- Estou impressionado.
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Volta quando te tiveres livrares
dessa gordurinha. Até à vista.
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Espero que tenhas uma peruca,
bola de ténis.
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- Que tipo de lições tiveste tu?
- Patinagem no gelo, Sr. Moss.
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Lições de ballet, de técnica.
Alongamentos, jazz, técnicas de jazz.
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O espectáculo chama-se "Deusa".
Não se chama "Lições". Até à vista.
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- Que tipo de lições tiveste?
- Não tive lições.
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- Então que estás a fazer aqui?
- Estou a ver-te seres anormal.
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Bem, ainda não viste nada.
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Gay! Põe-nas a fazer o esquema.
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Muito bem, pessoal, recuem,
arranjem espaço!
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Comecem pela perna direita,
batam...
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Um, dois, três e quatro!
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Vá! Cinco, seis, sete. Força!
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Para cima!