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Tick! Acorda!
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Tick! Sou eu, o Lenny.
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Tick, vá lá.
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Vá lá, Tick!
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Está desligado do nosso mundo.
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- Quando é que vai despertar?
- Nunca.
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Os polícias tarados
andam a fazer tudo
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para achar a gravação
e eliminar as provas.
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O Tick é um copiador,
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eles querem descobrir o que ele sabe,
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se ele fez cópias,
e quem ligou a Iris.
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Isto não será considerado homicídio.
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- Tecnicamente, ele está vivo.
- Pois, tecnicamente vivo.
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É sofisticado demais para eles.
Não são nada subtis.
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- Isto vai mais longe, Mace.
- Que queres dizer?
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Nem imaginas até onde pode chegar
na hierarquia.
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- Ouvi coisas.
- Que coisas?
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Coisas, boatos, rumores. Ouvi coisas.
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Ouvi falar de um pelotão da morte.
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Um grupo de bófias da velha escola,
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que tiveram muitos anos
de comissões de inquérito,
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e a comunicação social em cima deles,
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a atar-lhes as mãos.
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Quando é esta mesma gente que geme,
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"salvem-nos!
Façam alguma coisa, sacanas.
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"O crime está incontrolável."
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É a paranóia da conspiração.
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A questão não é ser paranóico, Lenny,
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e sim ser suficientemente paranóico.
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- Meu Deus.
- Isso. Vira-te para a religião.
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Adoro-te como um irmão, Lenny,
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mas afasta-te de mim em público.
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O nosso único trunfo é a gravação.
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É isso, mostrá-la ao mundo.
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Se passarem aquilo no noticiário,
vai rebentar um motim,
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que até se vê o fumo do Canadá.
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Então que sugeres?
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- Fingir que não aconteceu?
- Não.
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Aconteceu. A Polícia matou um
dos negros mais importantes dos EUA.
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Quem és tu para o ocultares?