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Acho que não.
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Não te impediu
de o quereres proteger, pois não?
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Quando a conheci, ela era apenas...
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uma vadia que fazia broches
por vinte dólares para comprar droga.
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Mais uma alma perdida.
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E tinha uma voz...
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que causava arrepios.
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Parecia capaz de envolver
toda a dor e raiva do mundo,
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e levá-la até ao céu, numa só voz.
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Ajudei-a...
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e prometi estar sempre lá,
para a proteger.
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Não se trata das recordações dela,
mas sim das minhas.
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Não posso esquecer as promessas.
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Parece que é tudo o que me resta.
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Não é, não.
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Anda. Vamos a uma festa.
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31 de Dezembro, 1999