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Evidente que meu amigo Roger
precisava de uma companheira.
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Mas se dependesse dele,
nós dois morreríamos solteiros.
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Ele só pensava em seu trabalho,
escrevia canções.
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Vivia escrevendo canções
sobre o amor.
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Coisa da qual
ele nada sabia.
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Bem, ele é inteligente,
para um ser humano,
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e para um animal dessa raça
não é dos mais feios.
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Não havia razão para não ter
uma companheira bem bonita.
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Por isso, resolvi bancar
o cupido.
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É claro que os cachorros
não podem avaliar a beleza humana.
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Mas eu tinha uma ligeira
idéia do que procurar.
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Que raça esquisita.
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Esquisita demais.
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Essa não.
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E que tipo é aquele?
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É um pouco baixinha.
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Não. Essa não!
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Oh, essa sim.
Tipo aristocrático.
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Talvez aristocrático demais.
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Demais.
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Muito velha.
Muito jovem.
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Foi um problema.
E que problema.
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Uau, agora a coisa
está melhorando!
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A mais linda criatura
de quatro pernas que já vi!
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Se a moça também for...
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Ora! Ela é bonita também.
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Eu quase não podia
acreditar.
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Seria impossível achar outro par
assim mesmo procurando por cem anos.