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Eu preparei um belo sumário...
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cheio de manhas de advogado,
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mas não vou lê-lo.
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Estou aqui para pedir desculpas.
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Sou jovem e inexperiente...
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mas vocês não podem...
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responsabilizar Carl Lee...
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pelas minhas deficiências.
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Em todas essas manobras jurídicas,
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algo se perdeu...
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a verdade.
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É nosso dever, como advogados,
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não apenas falar da verdade...
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mas buscá-la,
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encontrá-la e vivê-la.
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Meu professor me ensinou isso.
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Tomemos o Dr. Bass, por exemplo.
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Espero que acreditem que eu
não sabia daquela condenação.
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Espero que acreditem.
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Mas qual é a verdade?
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Ele é um mentiroso desgraçado?
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E se eu contasse que...
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a moça que estava com ele tinha 17 anos
ele tinha 23,
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e que depois eles se casaram,
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tiveram um filho...
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e continuam casados até hoje?
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Isso muda o testemunho dele?
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Que parte nossa busca a verdade?
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Nossa mente...
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ou nosso coração?
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Eu quis provar que um negro podia
ser julgado com justiça no Sul...
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que somos todos iguais aos olhos da lei.
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Não é verdade,
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porque os olhos da lei são humanos.
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Os de vocês e os meus.
E até podermos nos ver como iguais...