:59:01
É como uma pessoa que come
pela primeira vez uma ostra rara.
:59:03
- O que é que estás a querer dizer?
- Bem, pensa nisso.
:59:05
Uma pessoa que esteja com fome
para se envolver com uma ostra rara.
:59:09
Provavelmente tem de a comer, ou morrer.
Fica ao pé de mim.
:59:12
Era escorregadia. Cheirava mal.
Parecia que tinha saído de um cesto gelado.
:59:16
Portanto, tinha de haver um momento de verdade,
antes de chupar aquela coisa.
:59:20
Pensa naquele momento de verdade.
Preciso mesmo disto?
:59:24
Quero isto na minha vida?
Mas tem de se comer,
:59:26
então engole-se e encontrou-se a coragem,
tal como tu fizeste.
:59:29
- Isso é um elogio?
- Sim. Vá lá. De onde és?
:59:32
- La Porte, Indiana.
- E o que é que fazes?
:59:35
Escrevo. Tento fazer com que as
minhas peças sejam encenadas.
Mas já ninguém vai mais ao teatro.
:59:39
- E estavas a ir para casa?
- Sim, estava.
:59:44
Então... Diz-me uma coisa, certo?
De verdade.
:59:47
Provavelmente não vou ser capaz de aguentar,
vamos conseguir sair daqui?
:59:52
Madalena, não teria vindo cá baixo
se não pensasse que sim. Juro.
:59:57
- Prometes?
- Prometo. Agora confia em mim. Vamos.
1:00:11
Então, esta explosão que estamos a armar
1:00:13
pode provocar a queda disto tudo, certo?
1:00:16
- Pode acontecer.
- é melhor do que explodir tudo.
1:00:20
Explodir tudo?
Realmente detesto a forma como isso soa.
1:00:25
- Estás bem?
- Sim, estou.
1:00:27
Voltando atrás a "explodir tudo".
Por favor explica-te.
1:00:30
Se o nível da àgua fosse maior,
a pressão iria subir
1:00:33
- e o ar ía rebentar até ao topo.
- Como uma torneira?
1:00:36
Aconteceu a um grupo
que cavava o túnel de Baltimore.
1:00:39
E o que lhes aconteceu?
Morreram, certo?
1:00:42
- Ajuda-me a abrir esta mochila.
- Morreram, certo?
1:00:45
Um escapou.
Ajuda-me.
1:00:51
Tudo bem, dá-e corda.
Vamos conseguir.