:11:12
	Negra e portentosa
há-d'esta disposição mostrar-se...
:11:17
	a menos que bons conselhos
sua causa possam remover.
:11:22
	Por favor, pois, afastai-vos.
:11:27
	Seu dissabor acharei
ou muito me será negado.
:11:30
	Vamos, senhora, partamos.
:11:46
	Bom dia, primo.
:11:49
	Vai o dia tão novo, ainda?
:11:51
	Pouco mais que nascido, primo.
:11:54
	Ai de mim, horas tristes longas parecem.
:11:59
	Foi o meu pai que daqui saiu tão rápido?
:12:02
	Foi.
:12:04
	Que tristeza alonga as horas de Romeu?
:12:05
	Não ter o que
tendo as tornaria curtas.
:12:08
	- Apaixonado?
- Privado.
:12:09
	- De amor?
- Do amor daquela por quem estou apaixonado.
:12:11
	Ah, que esse amor,
tão terno a seus olhos,
:12:13
	haja de ser tão
tirânico e duro na prova.
:12:16
	Ah, que esse amor,
cujo olhos se ocultam ainda,
:12:18
	haja de ver, sem olhos,
sendas p'r'à sua vontade.
:12:21
	Onde vamos jantar?
:12:23
	...este caro sangue.
:12:24
	A zanga nunca de si
própria foi boa guarda.
:12:27
	A lei não tem estado morta...
:12:28
	Oh! Que contenda houve, aqui?
:12:30
	- Primo, eu...
- Nada me contes, que tudo já ouvi.
:12:33
	Aqui muito há que com ódio
tem a ver, mas muito mais com amor.
:12:35
	Mas então porquê,
amor brigante, Oh ódio amante!
:12:38
	Oh do nada algo cria, antes de tudo!
:12:40
	Pesada leveza, séria veleidade!
:12:42
	Desafortunado caos de
formas que bem parecem.
:12:45
	Pena de chumbo,...
:12:48
	Não vos ris?
:12:51
	Não, primo, antes choraria.
:12:53
	E de quê, boa alma?
:12:55
	- Da opressão da vossa boa alma.
- Que bem vos vá, meu primo.
:12:58
	Calma, lá irei. E se assim
me deixais, mal me fazeis.